quarta-feira, fevereiro 14, 2007

B.A.B.E.L.


Não podia deixar passar em branco este filme. A temática pode até aprecer boba, mas mesmo assim passa desapercebido por muitas distraídas, como ouvi comentário no banheiro feminino:
"Ah.. nao gostei tanto porque as histórias não tem muita conexão.. Uma é um tema mais político, outra social, outra pessoal, não diz tudo sobre o mesmo assunto".
Creio que estas mulheres, (potencias consumidoras de 'A arte da guerra para mulheres') não se atentaram para o título do filme: BABEL.
Em trê historinhas que se cruzam, mais ou menos como em crash, o filme mostra os vários níveis de relação de torre de babel em que vivemos: não só na língua, mas a torre de babel cultural, individual, social, sentimental entre outras que dependemos. Sem contar nada do filme, odeio fazer isso, mas concorde que ele evidencia em um plano muito maior (há planos bem menores) como nós somos incapazes de nos relacionar decentemente. Quanto estamos despreparados pra qualquer forma de interação, e isso numa escala maior: globalização - motivo de caos pra pessoas medíocres como todos seres humanos.
Entendemos porque indios vivem em paz, em sua aldeias, com sua cultura, lingua, ignorancia.. porém, cheio de paz e sabedoria. Somos todos índios.
Indios tecnologicos. Temos internet e mais um monte de machado. A internet eh um garfo, que portugal trocou com a gente por alguns animais que nos alimentam. E assim vamos colecioandno um monte de objeto legais, como garfo, faca, pente, arma, roupas... Não sabemos bem pra que, mas nos custam alimento e conforto e talvez umas índias... Já reparou como achamos processo e resultado muito mais importante que pessoas?
Desculpem a desorganização, isso eh um rascunho (que nunca será retrabalhado). Assistam o filme e se incomodem tb.

Um comentário:

Dalton disse...

Gostei do seu texto. Já estava com muita vontade de ver o filme. Agora mais ainda. Adoro ouvir conversa no banheiro, mas nunca me deixam entrar no feminino