terça-feira, novembro 25, 2008

Aborto: ISENTO

Na aula de geografia do primário aprendi um pouco sobre cultura indígena. Muito pouco por sinal. Sabia que na tribo eles viviam comendo raíz, caçando e pescando guerreando feliz. E que sua pele era melhor para andar no sol. Sua cultura respeitava a natureza e portanto a cultura do índio era algo sagrado e bonito. Índio não ter capitalismo. Índio agradece o deus sol, a lua. Índio tinha saúde até aparecer o homem branco e trazer doença... foi mais ou menos assim que estava o desenrolar da minha aula.

O tema era como aplicar nossas leis de homem branco com uma cultura totalmente diferente da nossa? E como preservar esta diferença? Como disse, a aula era de geografia, mesma aula que aprendemos sobre densidade demográfica e fazemos bolinhas nos mapas para mostrar concentração de pessoas. Como é dificil delimitar territórios, e consequentemente, aplicação das leis dentro dos territórios. O professor explicou que nossa leis de homem branco não vale pra eles. E citou um exemplo de um caso de uma índia, que vivia na cidade, foi indiciada por matar seu filho recém nascido. Porém, ela ainda preservava a cultura e a crença indígena. Na cultura desses seres que habitam o mato e preservam a natureza em harmonia, os índios aplicam a lei da seleção natural inclusive com seus rebentos. Pois bem, se tem muita mulher, não nasce mais mulher, mata. Se nasceu com alguma doeça: mata. A mão se isola e faz tudo sozinha, desde o parto até a seleção.

Nunca precisei fazer um aborto. E uso o verbo "precisar", pois é o verbo correto no caso de uma gravidez indesejada. Mas sempre que meu pensamento voa e eu me vejo no tribunal no lugar de uma destas mulheres, este com certeza seria meu argumento para lei não se aplicar a mim. Na minha cultura, meu ato não é crime. É uma necessidade. 

Onde a vida começa, antes ou depois do parto, não cabe a ciência responder. Há vida (claro), porém sem a mãe o feto não vive sozinho (dependente de outra vida)... por isso o nome: abortar a vida. Para os espíritas você está "matando uma alma". Para os católicos, matando e brincando de Deus. A verdade é que esta lei é uma lei religiosa, e não uma questão segurança pública - como deveria ser.

Por não ter uma religião, eu me declaro isenta.

5 comentários:

Anônimo disse...

O problema eh que sempre ha banalisacao e distorcao no mundo do homem branco.
Imagina o aborto livre: ao inves de metodos anticonceptivos, seriam usados metodos posconceptivos. Nasceu, nao gostei, matei. Dai vira palhacada 1.

Dai comecam as restricoes: apenas estrupo, apenas bebes sem cerebro, apenas adolescentes, apenas indigenas... e entao vira palhacada 2.

E sempre vai ter a uniao dos bispos, padres, budas, dalai lamas, alah ou qq outra organizacao religiosa que vai querer dar palpite geral msm sobre aqueles que nao estao sob sua religiao. E entao vira palhacada 3.

Isso que vc disse de ser questao religiosa vai virar palhacada 4. Religiao nao eh um registro oficial e voce pode criar a sua (eu acho). Eu tenho a minha hahah

E ja viu... tanta palhacada so pode dar nesse circo msm =p

G.G. disse...

discordo totalmente do primeiro tópico, e pode ter cerrteza que o post sobre ele virá.
;)

Anônimo disse...

meus comentarios tb virao

...continua no proximo episodio...

Mauro disse...

Onde será que estão os posts da Gabi ?

PIRES DI LEITE disse...

EAE GABI? TUDO GG?

Na minha opinião vida é vida e morte é morte...
ninguem tem direito nem de tirar e nem de criar...
E oque passar disso é bobagem.
Utas pra vc
=]